Há dois tipos de empresas: as que evoluem e as que desaparecem… Há três perfis de organizações: as que se espantam com o que aconteceu (deslumbradas), as que observam as coisas acontecerem (passivas) e as que fazem as coisas acontecerem (ativas).
Sendo assim, vale a pena estabelecer pausas programadas para pensar no presente e futuro dos seus negócios e atividades, reunindo os principais funcionários e especialistas, levantando informações relativas ao desempenho da empresa, setor e seus concorrentes. Várias cabeças contribuem melhor quando estão focadas num mesmo objetivo! As atitudes que você toma antes da tempestade começar são o melhor parâmetro para determinar como será seu desempenho quando ela efetivamente vier a desabar. Aqueles que deixam de planejar e de se preparar com antecedência, para a instabilidade e o caos, tendem a sofrer mais quando seus ambientes mudam da estabilidade para a turbulência.
Estratégia é a busca permanente de vantagens competitivas sustentáveis, por meio de um conjunto de decisões integradas e coerentes, definindo e comunicando a Visão em termos dos objetivos a longo prazo, a Missão como propósito imediato, os Valores como norteadores das atitudes e o Negócio como os principais benefícios buscados pelos clientes e entregues pela empresa. Detalha os programas de ação e recursos disponíveis para a criação de valor para todos os grupos de interesse: sócios, acionistas, clientes, funcionários, fornecedores, meio-ambiente, mídia, terceirizados, governos etc. Representa a definição do caminho mais adequado a ser seguido, para alcançar uma situação desejada no presente e futuro.
A seguir estão as perguntas direcionadoras da estratégia. Reúna seus melhores profissionais, de dentro e de fora da empresa, discuta cada uma das perguntas abaixo e elabore de forma franca:
– Como podemos entregar um novo valor aos nossos clientes?
– Quem não é cliente e deveria ser?
– Quais as melhores formas de alavancar nossos ativos constituídos pela marca, reputação e base de clientes atual?
– Como devemos ser melhores e nos defendermos dos ataques de concorrentes?
– De quais novas capacitações necessitamos?
– Nossas fontes de receita atuais serão suficientes para o futuro?
– Como podemos vender mais? Ganhar maior fatia de mercado? Aumentar a produtividade?
– Onde podemos aplicar nossas atuais e novas tecnologias?
– Nossa proposição de valor é percebida como superior?
– De que forma as necessidades e desejos dos nossos clientes estão mudando?
– Quais novos concorrentes estão antecipando e atendendo essas necessidades?
– Existem outras alternativas para os clientes?
Após definir o programa geral de ações de melhorias internas e externas, complementarmente elabore os planos específicos de cada área: recursos humanos, logística, engenharia, tecnologia da informação, marketing e vendas, finanças e demais. Abaixo a lista dos comportamentos associados a bons resultados na elaboração, execução e decisões profissionais para o sucesso da estratégia:
– Hipervigilância e preocupação constante com mudanças que podem sinalizar perigo, permitindo o reconhecimento precoce das ameaças.
– Ajuste na velocidade da tomada de decisão ao ritmo dos eventos: ir devagar quando possível, ser rápido quando necessário.
– Tomadas de decisão de forma profissional, baseadas em fatos, dados e evidências.
– Pensamento altamente disciplinado pela estratégia, inteligente para buscar soluções e identificar oportunidades, independentemente da velocidade.
– Foco na excelência da execução, uma vez tomadas as decisões. Intensidade aumentada conforme necessário, para atender às demandas de tempo, mas sem comprometer a excelência.
Agora os comportamentos associados aos maus resultados na elaboração, execução e decisões para o sucesso da estratégia:
– Arrogância, minimização ou ignorância do significado potencial das mudanças, reconhecendo tardiamente as ameaças.
– Falha em ajustar a velocidade da tomada de decisão ao ritmo dos eventos: tomada de decisão muito lenta ou muito rápida, dependendo da situação.
– Tomadas de decisão reativas e impulsivas, desconectadas dos resultados prioritários.
– Pensamento pouco disciplinado e com baixo rigor estratégico, perdendo continuamente o foco.
– Excelência da execução prejudicada pela velocidade. Falha em aumentar a intensidade para garantir a excelência da execução, quando agir rápido é necessário.
Infelizmente uma parcela significativa dos planejamentos não obtêm o sucesso esperado… Estudos recentes e a experiência prática demonstram que a maior parte dos fracassos decorrentes das falhas da estratégia não se deve ao plano em si, e sim à má gestão da execução do plano. Por essa razão, o monitoramento estratégico deve ser entregue a executivos com muita disciplina na execução, flexibilidade inteligente para fazer as mudanças necessárias, senso de urgência, coragem para seguir adiante e humildade para aprender e reaprender sempre.
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